Outros Custos
Custos Irreversíveis
É um gasto que foi feito e não pode ser diretamente recuperado, geralmente são visíveis, mas deveriam ser ignorados quando se tomam decisões econômicas, assim os custos irreversíveis não deveriam ter nenhuma influência sobre as decisões da empresa, tendo em vista que não podem ser recuperados.
Também existem os custos irreversíveis prospectivos, que podem ser considerados como investimento, sendo aqueles gastos com a aquisição de equipamentos específicos e que são capazes de proporcionar um fluxo de receitas maior que seu custo.
Para exemplificar a aplicação dos custos irreversíveis, tomaremos por base uma montadora de automóveis, em determinado momento há uma recessão, fazendo com que caiam as vendas de automóveis. Decidiu-se que era mais econômico vender automóveis para as locadoras com prejuízo do que despedir funcionários, isto porque é caro fechar e abrir fábricas, em parte porque a negociação sindical atual prevê a obrigatoriedade das empresas pagarem salários a muitos trabalhadores, mesmo que estes não estejam trabalhando. Assim sob a ótica contábil a montadora teria prejuízo, porém considerando que a montadora terá de pagar aos seus funcionários mesmo que não estejam trabalhando, ou seja, produzindo, o salário pago torna-se um custo irreversível e desse modo não entra no cálculo do custo de oportunidade da produção, sendo assim sob a ótica econômica a montadora ainda opera com lucro.
Custos Fixos e Variáveis
De acordo com a produção de uma empresa alguns dos custos dela variam. Porém existem aqueles que, mesmo que a empresa não esteja produzindo, permanecem iguais. Por isso o custo total (custo econômico total da produção) pode ser dividido da seguinte formas
Custos Fixos: Custos que não variam com o nível da produção. Independente de a empresa estar em produção máxima ou mínima, esses custos permanecerão os mesmos. Só podem ser eliminados se a empresa deixa de operar.
Exemplos: Limpeza, segurança, depreciação de máquinas, salários, aluguel de equipamentos e instalações.
Custos Variáveis: Custos que variam conforme o nível da produção e a quantidade de trabalho. Seus valores dependem diretamente da produção ou volume de vendas em um período.
Exemplos: Matéria-prima, insumos produtivos (água, energia), comissões de vendas.
Para diferenciar corretamente custo fixo de variável, temos que considerar o prazo a ser analisado. No curto prazo - um ou dois meses - a maioria dos custos é fixo. Tal fato ocorre pois uma empresa não pode dispensar trabalhadores e é obrigada a pagar e receber pela entrega de matérias-primas, além de respeitar contratos com fornecedores, normalmente de duração superior a um ou dois meses. Já à longo prazo - um ou dois anos - a maioria dos custos é variável. Nesse período a empresa tem tempo hábil para mudar seu plano de produção, reduzir força de trabalho e até mesmo vender parte de seu capital.
Custo Médio e Custo Marginal
Custo Marginal: é o aumento de custo ocasionado pela produção d uma unidade adicional de produto. Uma vez que o custo fixo não apresenta variação quando ocorrem alterações no nível de produção da empresa, o custo marginal é apenas o aumento no custo variável ou aumento no custo total ocasionado por uma extra de produto. O custo marginal informa quanto aumentará a produção em uma unidade.
Custo Total Médio: é o custo por unidade de produto. O custo total médio é o custo total dividido pelo nível de produção. O custo total médio informa-nos o custo unitário de produção. O custo total médio possui dois componentes: o custo fixo médio e o custo variável médio.
· O custo fixo médio é o custo fixo dividido pelo nível da produção.
· O custo variável médio é o custo variável dividido pelo nível de produção.